quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Hortas Caseiras Urbanas: pratique esta ideia

Foi um sucesso a oficina sobre "hortas urbanas", realizada na quinta-feira, 10 de outubro no Horto Florestal da Sema em Tramandaí. Ministrada pelo engenheiro agrônomo Lino Moura, a oficina faz parte do Projeto Tenda Itinerante - Transpetro na comunidade. Para realização da oficina, foi fundamental o apoio da Emater/RS-Ascar, Secretaria Municipal de Pesca e Agricultura de Tramandaí e Associação de pescadores da região. Participaram mais de 30 pessoas, entre pescadores, familiares e moradores de Tramandaí e Imbé.  

Os participantes foram recepcionados pelo Diretor do Horto Florestal do Litoral Norte, Argílio Pereira. O Secretário de Pesca e Agricultura de Tramandaí, Claúdio Porto, abriu o evento junto com o representante da Pulga Promoções, Emerson Freitas. Logo após o Eng. Agrônomo, Lino Moura, da Emater de Imbé falou sobre hortas caseiras urbanas e as principais motivações para a sua implantação. Após a apresentação foram feitas demonstrações de construção de copos de jornais, cata-mosca com garrafa PET, uso de embalagens recicladas para produção de mudas, criação de minhocas vermelhas da Califórnia e realizada uma visita à horta do Horto Florestal.  

As vantagens da horta caseira orgânica são a redução de custos de alimentação da família, consumo de alimentos sadios, garantia de consumo de vitaminas e minerais, atividade de passatempo e lazer, melhoria estética da moradia, aproveitamento de resíduos orgânicos e outros.

Para uma hortinha urbana um pequeno espaço de 10 metros quadrados pode ser suficiente para atender as necessidades de uma família em hortaliças, temperos e ervas medicinais.
Alguns detalhes são importantes como a e escolha do local, a proteção dos ventos dominantes, a drenagem e a fonte de água. Com poucas ferramentas e um pouco de criatividade dá para produzir uma diversidade de produtos com qualidade e muita realização pessoal.

Várias alternativas podem ser utilizadas para ampliar o espaço de produção e tornar a horta urbana mais interessante. Uso de escadas, muros, aberturas descartadas, tubos de PVC, vasos, tonéis, embalagens recicladas de todos os tipos, copos de jornais, madeiras velhas para fazer caixas, canteiros e composteiras. As composteiras para aproveitamento de todos os resíduos orgânicos são fundamentais e podem ser feitas em caixas de madeira, caixas de tijolos ou pedras, toneis, bombonas de água mineral e até em buracos no chão. O importante é transformar em húmus os restos de vegetais da cozinha, erva-mate, corte de grama e tudo que for material orgânico.

A escolha das plantas depende do gosto do horticultor, mas deve observar as variedades adequadas para o local e a época do ano, uma diversidade de espécies, a quantidade necessária e o tempo para a colheita para garantir que sempre tenha produção.

Os temperos e as ervas medicinais perenes ocupam espaço de destaque nestas pequenas hortas e acabam sendo motivo de orgulho para quem as cultiva.

Os horticultores podem ter o apoio da Emater para dar conta de aspectos técnicos como cuidados com o solo, variedades a serem cultivadas, preparo dos canteiros, estruturas para proteção contra frio e calor excessiva (esteiras, sombrite), irrigação e tratos culturais como o controle biológico de pragas e doenças.


Depois é só partir para a colheita e aproveitar. Quando tiver excedentes o horticultor pode ainda doar a vizinhos e amigos ou fazer conservas para os períodos em que não produzir. Mãos á obra.


Lino Geraldo Vargas Moura, engenheiro agrônomo, mestre em desenvolvimento rural e servidor da Emater/RS desde 1978.
www.twitter.com/linomoura
www.maisrural.com.br




























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